A Psicologia do Esporte no Judô

A Psicologia do Esporte no JudôA Psicologia do Esporte é o estudo científico e aplicado de pessoas e seus comportamentos em contextos esportivos.

O objetivo do Psicólogo do Esporte é trabalhar para o desenvolvimento cognitivo, comportamental e emocional do atleta, visando sua saúde integral (física e mental).

É um engano acharmos que a psicologia do esporte, só trabalha com os aspectos negativos ou com os problemas dos atletas. É importante enfatizar que a preparação psicológica não será eficiente se ocorrer apenas nos momentos agudos das competições, ou em fases negativas como acontece freqüentemente.

A função do psicólogo do esporte é de auxiliar a potencializar os aspectos positivos que o individuo possui para que esse seja mais um diferencial no seu rendimento.

As Artes Marciais em geral ainda são pouco estudadas pela Psicologia do Esporte, portanto temos um campo enorme para explorarmos e conseqüentemente contribuir para o desenvolvimento dessas ciências.

Segundo Sakairi (2000, apud Gomes 2001), que o significado filosófico do Judô: “DÔ, o coração da cultura japonesa é uma palavra que mostra um espírito comum à maioria das artes ou práticas tradicionais japonesas. O propósito de DÔ não é somente promover uma arte, mas também obter uma melhor maneira de viver: seu propósito é somente promover arte, especialmente uma arte marcial, então se chama JUTSU (técnica). Portanto, adiciona-se ao propósito de obter uma melhor maneira de vida e torna-se DÔ (caminho), por exemplo, torna-se JUDÔ (JU: suave; DÔ: caminho; caminho suave).”

A prática do Judô agrega valores que estão incluídos em sua filosofia e que podem ser um facilitador para a aprendizagem das práticas da psicologia do esporte nas rotinas de treinos e competições.

Shishida e Nariyama (2001, apud Gomes 2001) comentam que, o lugar da competição é também eleito como lugar de educação, onde pode ser desenvolvida a força mental (coragem, resolução, espírito de luta, paciência) ao mesmo tempo em que se requer uma atitude justa e polida do praticante.

            Para Lomônaco (1997), o judô como qualquer outra arte marcial oriental relaciona-se com a autodisciplina, a utilização de energia e o aperfeiçoamento do bem-estar psicológico e físico, tendo como base o desenvolvimento e a integração das energias corporais, mentais e espirituais para que sua execução seja correta.  Se os praticantes fossem perguntados, provavelmente diriam que o treinamento trás uma sensação de “centralidade e equilíbrio”, e que pode ser resultado do exercício “puxado”, gerando um aumento de confiança em seus potenciais ou na redução de sentimentos de vulnerabilidade. O que se vê em sua maioria são programas voltados para a autodefesa, que de nada adiantam utilizar-se destes recursos, caso não estiverem se sentindo totalmente preparados para tal e se as circunstâncias não forem favoráveis para o sucesso da sua reação.

O Judô competitivo e de lazer ainda pode trazer benefícios psicológicos para os seus praticantes, tais como: sensação de tranqüilidade, relaxamento, renovação e redução de ansiedade, além de, aumento de criatividade, melhora da percepção de si mesmos e dos outros e maior clareza de pensamento, facilitação da autoexpressão, melhoria do autoconhecimento e melhoria da concentração mental, da autoestima, do sentimento de bem-estar psicológico.

Sabemos que o Judô consiste numa luta em que saber utilizar a força do adversário é mais importante do que aplicar a própria força – a máxima eficiência encontrasse no mínimo esforço. Por isso, competidores teoricamente mais fracos podem ganhar nos combates se utilizarem a técnica corretamente. O Judô também propõe a prosperidade e o benefício mútuo como filosofia de vida. Diante de tudo isso, o praticante desta arte se dedicará profundamente ao condicionamento físico como forma de aperfeiçoar, ao mesmo tempo, o campo espiritual, estando ele ciente que suas vitórias irão depender quase que exclusivamente da exploração de qualquer ponto fraco físico ou mental detectado no oponente e poder utilizá-lo a seu benefício.

Referências bibliográficas:

 KUDO, K. Judô em Ação. 1º Edição. São Paulo, SP: Ed. Sol S.A, 1987.

LOMÔNACO, J. F. (org.) Deficiência: Alternativas de Intervenção. São Paulo, SP: Ed. Casa do Psicólogo, 1997.

GOMES, F. Psicologia dos Esportes de Combate e Artes Marciais; in: RUBIO, K. Psicologia do Esporte: Teoria e Prática. São Paulo, SP: Ed. Casa do Psicólogo, 2003

 OBS: Post publicado inicialmente em parceria com o blog Judô Messias, veja link abaixo:

http://judomessiastv.blogspot.com/2010/02/psicologia-do-esporte-no-judo.html

Abraços.

Até!!!

1 comentário em “A Psicologia do Esporte no Judô”

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